O Ministério da Saúde anunciou que pretende ampliar parcerias com o setor privado para acelerar o atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente nas áreas de exames e tratamentos de média e alta complexidade. A medida visa reduzir filas e garantir o cumprimento de prazos legais, como o início do tratamento oncológico em até 60 dias após o diagnóstico.
A proposta prevê o uso da capacidade ociosa de clínicas, hospitais e laboratórios privados para atender à demanda represada no SUS. O ministro Alexandre Padilha afirmou que a iniciativa busca somar forças, especialmente em estados com gargalos críticos, e citou como exemplo o reforço das parcerias com instituições como o Hospital A.C.Camargo, em São Paulo, referência em tratamento do câncer.
Para municípios do Vale do Jequitinhonha, como Capelinha, Turmalina, Minas Novas e Itamarandiba, a medida pode representar um avanço significativo. A região historicamente enfrenta dificuldades no acesso a especialidades médicas, exames mais complexos e cirurgias eletivas, obrigando muitos pacientes a viajarem longas distâncias para conseguir atendimento.
A ampliação das parcerias com o setor privado, segundo o Ministério, faz parte do esforço nacional para retomar a regularidade do atendimento no SUS, afetado principalmente durante a pandemia da Covid-19. Atualmente, o governo federal calcula que há cerca de 1,3 milhão de pessoas na fila aguardando cirurgias eletivas em todo o país.
As ações do Ministério da Saúde estão sendo acompanhadas por gestores municipais e estaduais, que aguardam a definição dos critérios para adesão às parcerias e repasse de recursos.